Seja qual for a casa de candomblé ou nação, sempre vamos ver aquelas pessoas que ficam o tempo de olho no rumbè, educação de axé, dos irmãos, seja para cobrar um paó, uma benção ou para lembrar o iyawò de andar com a cabeça baixa. No meu período de esteira, eu costumava a chamar esses irmãos de “fiscais do rumbè”, afinal toda oportunidade que encontravam, já estavam lá, cobrando e muitas vezes dando “baixas”.
Acredito que uma religião tão cheia de detalhes precisa sim de irmãos que estejam dispostos a cuidar e zelar pela hierarquia, mas nunca podemos esquecer do principio básico de qualquer sociedade civilizada, que é a educação e o respeito ao ser humano. Quando se humilha alguém, perde-se o respeito dele e com isso podemos estar tirando um omo-Orixá do seu rumo espiritual.
Meus queridos “fiscais do rumbè” não é feio querer que a religião seja levada a sério, o que é feio é cobrar aquilo que não se ensinou, é impor sem explicar o porquê ou ainda pior, ditar ao outro o que nem vocês mesmos fazem.
Pensem nisso!