Minha mãe foi iniciada em Oxum no quinto mês de minha gestação, pela iyálorixa Minervina de Ogum da nação Egba (Descendentes da cidade de Abeokuta, a capital do estado de Ogun e no Brasil uma nação de candomblé) e quem também fundou em 1964 o Egbé L'ajô. Aos meus 13 anos com a morte de nossa iyálorixá, dei continuidade as minhas obrigações com o Babalorixá Toninho de Oxum (Itapevi-SP).
Em 2007, Odé meu orixá, decidiu dá um novo rumo a minha história religiosa, onde migrei para o Ketu e no Ile Oba Oru tomei axé e meu Oye em 2009.
Em 2010, decidi criar o blog Terra dos Orixás, que em meses virou um sucesso, com mais de 60 mil acessos por mês, nele escrevo sobre o cotidiano do candomblé.
Hoje, eu e minha mãe carnal, estamos à frente do Ilê Asé Egbé L’ajô (Itapevi-SP),seguindo os preceitos da nação Ketu, buscamos a valorização do candomblé e de sua cultura, com responsabilidade socioambiental. Temos projetos como: Projeto Igbo, que trata da conscientização ambiental, Projeto Ade, que capacita artesãos e Projeto Oluwô, onde são formados grupos de estudo e debate sobre a cultura afro-religiosa.
O candomblé para mim não é só uma religião, é a minha família, por isso luto por ele, acredito que com seriedade, dedicação e principalmente amor, podemos mudar essa imagem tão deturpada do nosso culto. Sei que não é fácil vencer o preconceito e assumir publicamente que se é de uma religião afro-descendente, mas isso só vai mudar quando entendermos que, se ao invés de ficar se atacando e apontando o que é certo ou errado na casa do outro, nos uníssemos e levantássemos uma única bandeira, com certeza seriamos muito mais fortes.
Sinto muito e é até feio dizer, mas o mal de nossa religião ainda é a inveja, você não pode se destacar que já vem alguém inventar histórias para te prejudicar, pois cada ponto que eu escrevi a cima, tem provas e testemunhas, não são coisas inventadas, afinal presente e o futuro podemos mudar, mas o passado não.
Fotos
1986
Obrigação de 1 Ano - 2002
Obrigação de 3 anos - 2005
Obrigação de 7 Anos - 2009