A partir do momento que
somos iniciados naquele determinado axé, temos que valorizá-lo e buscar seguir
seus ensinamentos. É muito bom ler, estudar e trocar ideias com pessoas de
outras casas, mas não devemos confundir as coisas, pois é dentro da nossa casa
de axé que ganhamos a base e principalmente o filtro para entendermos nosso
caminho espiritual.
Recebo muitas mensagens
do Brasil todo, de abiãs, yawòs e até egbomis que reclamam que frequentam o
candomblé por anos, mas não aprendem nada e que o conhecimento é algo passado
apenas a pessoas selecionadas ou da família de seus zeladores. Por todos esses
relatos e por aquilo que já passei, sei que isso muitas vezes isso acontece.
Por isso, você que está passando por essa situação, vá até seu zelador, abra
seu coração e exponha sua duvidas e dificuldades. Se depois disso, as coisas
não mudarem, aí sim pense em procurar outro caminho.
Estamos em uma religião
para evoluirmos espiritualmente, aumentando nosso nível de consciência e
consequentemente melhorando a forma com que vivermos. A falta de informação gera
dúvidas e erros que podem prejudicar nosso caminho.
Pai e filhos unidos, essa
é a vontade do Orixá, mas devemos entender que se vivemos na ignorância como
vamos ter armas para defender nossa religião e o nosso axé?