Você já pensou o que teria feito na sua vida se tivesse empregado o tempo que se dedicou ao Orisá em um outro projeto?
Eu como a maioria de vocês também já pensei assim e ao refletir, todo tempo que eu achei que tinha “jogado fora”, na verdade foi aquele que eu não estava em obrigações, rezando ou realmente me dedicando a minha fé, e sim o que foi desperdiçado resolvendo fofoca, intriga e disse-me-disse, muitas vezes de forma ativa outras de forma passiva, ouvindo gente perdida, falar de nada, sobre coisa nenhuma.
Mas chega uma hora na vida, que cansamos de movimentos persecutórios, de ter que dar atenção ao que o outro disse ou deixou de dizer. Não vou mentir que a ingratidão e a mentira não machuque, mas quando penso no tempo que parei para dar ouvidos e me importar, isso realmente dói, pois basta não entrar nos joguinhos ou na eterna servidão a vaidade, que você já não presta.
Crescemos, amadurecemos e aprendemos que, o que o outro fala ou deixa de falar só importa ao outro, a mim cabe me superar, ser melhor que ontem, pois é a única maneira de não ter que conviver ou estar acessível a esse tipo de energia negativa e que tanto atrasa a vida.
Fiquei, estou e sempre estarei no Candomblé por um único motivo, gratidão, a vida, a saúde e principalmente a sabedoria ancestral, eu acredito na minha fé e em Oxossi e Xangô deposito a confiança do amanhã, dos encontros e partidas da minha vida.
Pensem nisso,
Bàbá Diego de Odé