segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Orientação - A hora certa de mudar de vida

Em segundo lugar, após questões amorosas, mudar de vida é uma das principais buscas de quem senta em uma mesa de jogo de búzios, e eu sempre levo a pessoa as seguintes reflexões: 

 

* O que te faz pensar que mudar de vida seja a solução?  

 

* Será que reorganizar a vida que você já tem não seria o caminho ideal? 

 

Sei que transformar é importante, a vida de tempos em tempos pede mudanças, porém ela não pode ser motivada por uma fuga, e pior, muitas vezes estamos fugindo de nós mesmos. Por isso é tão importante a espiritualidade, esse é um campo onde a sua essência (orisá), o potencial ancestral (odú, egun, iyá e etc) e missão individual (ori) são os grandes nortes na hora de decidir se é ou não a hora de mudar de vida.  

 

Deixo aqui um alerta, ao se comparar com o palco do alheio, você pode estar dando armas para o negativo te paralisar, então pare de usar o outro como parâmetro para seu sucesso. Quando admirar alguém que conseguiu realizar sonhos e projetos, espelhe-se, mas antes leia um pouco sobre a trajetória dessa pessoa e, com certeza, você vai encontrar muitos tombos, tentativas e persistência. Muita gente se decepciona com o candomblé por não entender isso, é aquela famosa frase, “fulano fez santo e foi para frente, e eu não”.  

 

Lembre-se: ter asé é estar alinhado com o poder do orisá, e principalmente fazer essa força entrar em sinergia com o seu meio, melhorando assim não só a sua vida como de todos que fizeram ou fazem parte da sua estrada.  

 

Seja asé! 

Bàbá Diego de Odé

domingo, 4 de outubro de 2020

Ensinamento - Despachar Esú e seus significados.

Um dos atos mais comuns a todas casas de candomblé é o que chamamos de “despachar Esú”, que tem como função comunicar-se com o mensageiro dos orisá’s garantindo assim boa sorte e equilíbrio. 

Não podemos confundir o ato com o ritual do Ipadè, que é um encontro de respeito e reverência a Esú e ancestrais, assim como a outras divindades. Falaremos sobre isso em outro post. 

No meu entendimento, sabiamente os ancestrais buscavam a harmonia entre o caos, que apesar de muitas vezes assustador, também cria caminhos novos, e a ordem que, estabelece a permanecia e reprodução dos ensinamentos, assim preservando o conhecimento, e o que já temos de valor espiritual e material em nossas vidas. 

A quartinha de barro representa o corpo da comunidade, e a troca de água é um ato limpeza energética para todos. 

A farinha de dendê é o que apazigua a fome do caminho.

A farinha de mel aquece e fortalece.

A farinha de água esfria os conflitos, a doença e a morte. 

São todos eles símbolos centenários de resistência e fé do nosso povo. Geralmente é usada a farinha de mandioca como base desse ritual, que é originária das Américas, mas que hoje já existe em outras partes do mundo, e foi mais um ponto de adaptação por parte dos nossos ancestrais.

Desejo a todos uma excelente semana, com a proteção de Esú, e para quem crer nele deixe aqui o seu “☝️”, e vamos interagir! 

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Sobre abikú

 Salve, salve leitores do Terra dos Orixás, a muito tempo eu não escrevia, mas decidi voltar a dividir o meu cotidiano e pesquisas com vocês...