Um dos atos mais comuns a todas casas de candomblé é o que chamamos de “despachar Esú”, que tem como função comunicar-se com o mensageiro dos orisá’s garantindo assim boa sorte e equilíbrio.
Não podemos confundir o ato com o ritual do Ipadè, que é um encontro de respeito e reverência a Esú e ancestrais, assim como a outras divindades. Falaremos sobre isso em outro post.
No meu entendimento, sabiamente os ancestrais buscavam a harmonia entre o caos, que apesar de muitas vezes assustador, também cria caminhos novos, e a ordem que, estabelece a permanecia e reprodução dos ensinamentos, assim preservando o conhecimento, e o que já temos de valor espiritual e material em nossas vidas.
A quartinha de barro representa o corpo da comunidade, e a troca de água é um ato limpeza energética para todos.
A farinha de dendê é o que apazigua a fome do caminho.
A farinha de mel aquece e fortalece.
A farinha de água esfria os conflitos, a doença e a morte.
São todos eles símbolos centenários de resistência e fé do nosso povo. Geralmente é usada a farinha de mandioca como base desse ritual, que é originária das Américas, mas que hoje já existe em outras partes do mundo, e foi mais um ponto de adaptação por parte dos nossos ancestrais.
Desejo a todos uma excelente semana, com a proteção de Esú, e para quem crer nele deixe aqui o seu “☝️”, e vamos interagir!
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