Mesmo de longe, estou acompanhando as manifestações do povo de axé contra a discriminação, preconceito e defesa de nossos rituais ancestrais. Como babálorixá e cidadão, já fui a várias assembleias, conversei com políticos, apoiei candidatos e fui feliz com minhas escolhas, porém uma coisa é fato, nós somos deixados sempre de lado pelo governantes, ainda carregamos o estigma de vim da senzala, do pobre, do povo que foi massacrado e deixo claro que não queremos ser mártires, não queremos cotas nem tão pouco “facilidades”, a única coisa que queremos é tocar os nossos atabaques em paz, sem medo de sermos atacados nem silenciados.
Acredito que o Candomblé é uma religião tradicional e assim como outras religiões, vem se adaptando ao seu tempo, derrubando os obstáculos sociais, étnicos e regionais, mas precisamos focar também na organização do nosso culto, na valorização dos nossos dogmas, no apoio aquele que abre sua casa de axé, que tem vontade de fazer um candomblé do bem e pararmos de denegrir o irmão, dessas guerrinhas de ego e vaidade, esse sim o grande câncer de qualquer comunidade, com essas coisas, muita coisa se perde, inclusive a vontade de participar mais.
Deixo aqui registrado meu apoio e também meu alerta, lutar por um ideal sim, sempre! Ficar aproveitando causas sérias para se promover ou incitar violência aos irmãos de outra religião, promovendo uma “guerra santa”, Jamais.
Um excelente dia e muito axé!
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