Os filhos de santo quando chegam a casa do Orisá, seguem para o banho (Omi eró) e logo em seguida vão “cumprimentar” os asés e por que fazem isso?
Acreditamos em energia e quando chegamos em casa tanto na espiritual quanto material, precisamos “esfriar” o corpo, para não transferirmos a energia da rua para dentro de onde vamos recarregar as energias.
Saudamos a porta e a casa de Esú, agradecendo por guardar nossa casa e cada individuo que entra e sai dela,
Saudamos Ogún por ser nosso protetor na estrada,
Saudamos o Asé para fortalecer os nossos votos de fidelidade e compromisso,
Saudamos os Atabaques (ilú), pois são eles quem acordam a nossa ancestralidade,
Saudamos a Cadeira do Orisá da casa, agradecendo por seu asé e por ter permitido o resgate dos nossos laços espirituais,
E saudamos a casa (ilè) ou o quarto (yara) onde está nosso assentamento (igbá), afinal, ele é o instrumento de comunicação entre o aiyè (terra) e o orún (ceú).
A partir daí iremos colocar cabeça (foríkan), aos cargos e seguir para as nossas funções.
Notamos que as palavras que guiam a nossa religião é gratidão, respeito e disciplina, e quando me perguntam sobre o “orgulho de ser do Candomblé”, eu respondo, primeiro devemos ter compromisso, depois nos orgulhar, pois um sem o outro, não é nada, apenas palavras.
Uma excelente semana,
Babá Diego de Odé
(11) 4141-0167
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