segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Homenagem a Iyá Rose de Oxum


Hoje, Iyá Rose de Oxum completa 45 anos de idade, e é com muita alegria que nós, seus filhos, amigos, irmãos e netos, desejamos a essa matriarca do Egbé L’ajò, muitos e muito anos de vida, pois sem sua força jamais seriamos o potencia que nos tornamos.


Mãe: palavra pequena, mas com um significado infinito, pois quer dizer amor, dedicação, renúncia a si própria, força e sabedoria. Ser mãe não é só dar a luz e sim, participar da vida dos seus frutos gerados ou criados. Obrigado por termos você.

Feliz Aniversário!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Oxum Opàrá - A guerreira das águas doces

Entre todas as qualidades de Oxum, Opará é a mais guerreira, companheira de Ogun, aparece muitas vezes ao lado de Xangô. É um orixá de grandes particularidades, afinal ela une dois elementos: a água e o vento, o que explica sua ligação tão forte com Oyá, os antigos dizem que “Onde mora Opará mora Oyá, Opará não come sem Oyá”. Carrega Abebé, o espelho e também a Adagá, a espada, que representa sua porção guerreira. Em alguns momentos aparece também guerreando com Ypondá, outra qualidade guerreira.

Sua comida é o omolokun com ovos, um pouco mais carregado no dendê, afinal a especiaria a agrada por sua ligação com Ogun, assim também está ligada ao mariwô. Sua cor é dourado e também pode se colocar em suas roupas a cor rosa. Assim como pencas de metal jogadas em saia, afinal está ligada ao metal.

É representada pelas fortes quedas d’água e também na pororoca, com diz a lenda “Onde dois rios se encontram lá está Opará sempre lutando por seu espaço”. Entre muitos mitos que rondam essa qualidade o mais marcante é aquele onde ela se funde com Oyá, após ter a enganado, fazendo com que Oyá visse o seu lado ruim refletido no espelho. Seus mitos vem da região de Osogbô e também Oyó.
Suas filhas são autenticas e de personalidade forte, carregam consigo as magoas e tristezas da vida, tem poucos amigos e sempre são ponderadas e justas, onde muitas vezes a sua sinceridade chega a machucar. São vaidosas porém não vivem em pró a seu ego. Tem um lado espiritual muito aflorado para o ocultismo e adoram presentear as pessoas. Na saúde apresentam problemas na menstruação.







sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Aprendizado na Casa de Candomblé


Minhas últimas postagens geraram uma certa polêmica, onde muitos omo-Orixás reclamaram que questionar parece algo ruim ou proibido ao iyawò e também que os zeladores de hoje em dia não explicam nada, por isso acabam tendo que procurar em outras fontes. Outro ponto que me deixou assustado foi o fato da figura de iyawò ser ligada sempre aos afazeres domésticos e ao “serviço sujo”, por isso decidi fazer esse post para esclarecer alguns pontos e tentar ajudar meus irmãos zeladores e aos recém iniciados.


Em casa, cada orò, cada “cantiga nova” ou ato é explicado, eu paro, sento e digo o que vou fazer e porque vou fazer, criei a apostila de rumbè baseada em minha vivência, pois só se pode dar aquilo que recebeu, assim como o iyawò quando é iniciado sabe seu Orunkó, tradução, qualidade, cantiga do Orixá e sassanha de seu santo, contudo há aqueles que não tem interesse e por mais que se explique não querem aprender, mas eu fiz minha parte e tenho a consciência tranquila.

O que precisamos entender é que seja dentro ou fora da casa de axé, para construir uma estrada segura, precisamos começar de baixo, do básico, como limpar uma casa de axé, como tirar uma pena de um bicho, infelizmente a maioria dos barracões não tem pessoas remuneradas para fazer esse tipo de coisa, que no meu ver, não humilha ou menospreza ninguém. Eu mesmo sendo zelador e com muitos filhos iniciados, coloco a mão na massa, pois não estou fazendo para mim ou para qualquer pessoa, estou fazendo para o Orixá, para quando passe por minha casa, veja que está zelada, limpa e organizada e com certeza meu lar será abençoado.

O problema não é a informação e sim como você vai lidar com ela, antes de mais nada temos que respeitar quem nos ensinou, pouco ou muito, aquela pessoa parou sua vida para lhe transmitir conhecimento e se você acha que não serve ou não serviu, guarde para você, pois aos outros isso nada interessa. 

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Lidar com Filhos de Orixá - Problema e Solução

Todos os dias, aconselho um zelador, seja de candomblé ou umbanda, a como se comportar em uma crise com filho de Orixá. Lidar com o ser humano não é tarefa fácil, prova disso são os consultórios de psicólogos e psiquiatras lotados de pessoas que não conseguem lidar com algumas situações que a vida impõe e procuram ajuda especializada.


Há alguns anos, a saída ou briga com um filho me deixava triste, acamado, chegava a vida dias e dias chorando e me perguntando o motivo de uma pessoa que eu fiz o santo ou dei obrigação, sair da casa falando um monte ou inventando histórias. Até que um sábio zelador me disse assim:

- Meu amigo, filho de santo não é parente ou para sempre, de dez apenas um ou dois iram permanecer, pois esses são os verdadeiros filhos do Orixá e do seu axé, os demais muitas vezes nem sabem o que estão fazendo, nem o valor daquilo que carregam, se eles não amam nem a si mesmos, como você espera que amem e tenham algum tipo de consideração a você ou ao Orixá. Faça, cante e tenha fé, mas não espere nada em troca!

E isso ficou na minha cabeça, demorou até eu assimilar essas palavras e com o tempo fui vendo, com fatos que são verdadeiras. Por isso temos que ser criteriosos, não podemos fechar as portas para ninguém, mas isso não quer dizer que devemos ser idiotas ou passivos a tudo. Você zelador que está sofrendo com isso, tome as rédeas, a casa é do Orixá, mas se ele confiou a você o sacerdócio é por que acredita na sua capacidade de gestão. Se alguém está te causando problemas, sente e converse, se não há jeito, convide para se retirar, não permita que a ordem seja quebrada por quem só quer “causar”.

Não alimente inimigos ocultos, falsidade nem confusão. Na casa do Orixá deve haver paz e harmonia, não se preocupe com quantidade, pois se o Orixá estiver do seu lado, um filho sai e três entram, pode confiar na minha palavra. Certa vez uma filha de Oxum Opará que tinha seus dois anos de iniciada, se virou contra mim, dizendo que preferia os outros, não aguentando a loucura eu mandei ela “caçar urubu” no mesmo dia uma linda moça sentou na minha mesa e a dúvida dela era: Eu sou de Opara Pai? Resultado, um mês depois estava fazendo esse caminho e até hoje ela me dá orgulho. Então eu vou dizer que Opará não existe?

Espero que esse texto ajude a todos que estão passando por essa situação, que não deveria, mas que está cada vez mais comum.

Um bom conselho

Conselho para os primeiros passos de um iyáwò:

Nos primeiros anos de iniciação, para a maioria é tudo novo e surgem situações que não sabemos como lidar, por isso lá vai alguns conselhos:


- Se tiver alguma dúvida, pergunte direto para seu zelador, isso evita fofoca e também que a conversa chegue atravessada.


- Ciúmes há em todo lugar, por isso se algum irmão de santo falar algo que fere a conduta da casa ou que desabone seu zelador, você deve chegar no seu zelador e contar, pois no final é sempre o mais novo que leva a culpa.

- Observe e aprenda. Na casa de santo cada ebó, sassanha ou orò é importante, independente do irmão que está tomando obrigação, o que importa é o Orixá.

- Faça sua parte e deixe que cada um faça sua, não se intrometa nos problemas dos outros, cada um que vem a casa de axé está precisando de ajuda e se você não tem nada para ajudar, não pegue ajé dos outros, pois depois vai ter que dá conta.

Seja feliz e pleno na religião para que isso reflita na sua vida!

Qualidade de Orixá – Como funciona?

Essa questão é bastante complicada, pois há quem defenda que qualidade existe e outros que acreditam que seja apenas uma direção, mas que cultuamos Orixá e ponto. Durante anos da minha vida eu me dediquei ao estudo de qualidades e subqualidades de Orixá e cheguei a seguinte conclusão:



Somos iniciados em Orixá e não em qualidade, pois sabemos que a qualidade é a forma de cultuar ou um momento daquele Orixá, ou seja, é apenas um direcionamento e com todas as pessoas de axé antigas que conversei, todas chegam ao mesmo ponto, que o filho de santo mal consegue entender o que é o Orixá e logo já quer saber ou questionar sua qualidade, por isso muitos mantem segredo sobre qual o caminho daquele Orixá até que o filho já tenha uma certa idade de iniciado, não por maldade, mas para preservar o próprio omo-Orixá. Em outra palavras, vamos aprender o que é básico para partir a um entendimento mais profundo.

O candomblé é uma religião muito complexa, somos uma verdadeira colcha de retalhos e saber filtrar as informações que estão por aí tanto na internet como em livros, não é tarefa fácil, por isso, antes de fazer santo, sente e converse com seu babalorixá, ouça e pergunte como isso funciona no seu axé, pois sabemos que Orixá é um só, mas de casa para casa e de nação para nação, muita coisa muda e aí vem a pergunta:

E como não cair em uma furada?

Veja a postura do zelador(a), quais são seus valores, como ele trata os filhos mais velhos. Ele é acessível? Está aberto a responder meus questionamentos? De onde ele veio? Quem foram seus mestres? Essas são questões que uma pessoa séria certamente vai responder sem pestanejar. Para finalizar deixo uma frase de minha querida egbomi Luzinete de Oyá (1922 - 2007):

"Quando fiz santo minha mãe disse, filha você é de Iansã e assim foi até meus 21 anos, quando meu pai Ogã na hora do orò disse, viva Onira e tomei consciência que era a marca de minha mãe, fiquei feliz, mas sempre vivi bem e tive fé, com ou sem qualidade. Agora eu vejo o povo que sai roncó, com orunkó, qualidade, cantiga do Orixá e até juntó e se perguntar qual a folha do seu Orixá não sabe, porque eles querem tudo mastigado, ao invés de lutar para conquistar" - Gravação de 2004.

Uma ótima noite e que Olorun esteja com conosco!

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Fiscais do Rumbè

Seja qual for a casa de candomblé ou nação, sempre vamos ver aquelas pessoas que ficam o tempo de olho no rumbè, educação de axé, dos irmãos, seja para cobrar um paó, uma benção ou para lembrar o iyawò de andar com a cabeça baixa. No meu período de esteira, eu costumava a chamar esses irmãos de “fiscais do rumbè”, afinal toda oportunidade que encontravam, já estavam lá, cobrando e muitas vezes dando “baixas”.
Acredito que uma religião tão cheia de detalhes precisa sim de irmãos que estejam dispostos a cuidar e zelar pela hierarquia, mas nunca podemos esquecer do principio básico de qualquer sociedade civilizada, que é a educação e o respeito ao ser humano. Quando se humilha alguém, perde-se o respeito dele e com isso podemos estar tirando um omo-Orixá do seu rumo espiritual.


Meus queridos “fiscais do rumbè” não é feio querer que a religião seja levada a sério, o que é feio é cobrar aquilo que não se ensinou, é impor sem explicar o porquê ou ainda pior, ditar ao outro o que nem vocês mesmos fazem.

Pensem nisso!


quarta-feira, 6 de novembro de 2013

O que é a fé?


A fé é um lugar onde buscamos reduzir o sofrimento, aumentar a felicidade e dividir nossas dores. Temos que saber que não existe caminho para a fé, a fé já é um caminho e quem decidir percorrer essa estrada terá que saber que antes de colher, terá que plantar, aprender a agradecer toda graça, por menor que seja e entender que são os pequenos sacrifícios diários que te aproximam do seu Deus.


Nós do Candomblé, estamos na maioria das vezes, buscando mostrar uma “sala bonita”, roupas luxuosas e bem ornamentadas, porém nada disso tem sentido se pelo menos o principio básico da iniciação no culto, que é o resgate e despertar do seu Orixá mediante a humildade, amor fraterno e respeito, não forem respeitados.

Antes de ofender o irmão, lembre-se que ele faz parte de você, antes de virar as costas para o Orixá, pense na mensagem que ele tentou te ensinar e quando colocar a cabeça no confortável travesseiro, se recorde do chão duro e da esteira gelada que repousou o seu axé e reflita qual sentido teve tudo aquilo que você passou dentro do quarto de santo.

Resgate a humanidade que existe em você!

Sentidos do Candomblé


Quero chegar na Casa de Axé
E rever meus irmãos,
Sentir minha família 

Sentir que dentro daquele pedacinho da África 
Somos protegidos do mundo lá fora
E que posso encontrar o que há de divino dentro de mim

Quero colocar meu branco
Senti o frio do banho de ervas
Senti o calor do meu Orixá

Ouvir conversas intermináveis
Sobre o antes e o agora
Ouvir sobre Axé

Quero ouvir o som dos atabaques
O ritmado pilar das ervas
Quero sentir a abraço apertado dos meus mais velhos

Saber e Viver se misturam
Axé e Amor se condensam
Vida e Morte se abraçam

Isso é axé!

domingo, 3 de novembro de 2013

Transformação - Movimento Necessário


A vida é feita de ciclos, de começos e recomeços, momentos bons e ruins e nós que somos léssè Orixá, por lidarmos com a energia do Axé, somos ainda mais conscientes desses movimentos que são necessário, e devemos usar esse passo a frente para melhorar nossa existência, sabendo que para cada tombo que levamos, existirá sempre uma mão para nos levantar e exaltar, em nossas vitórias, o nome do Orixá.


Nos últimos tempos a minha fé vem sendo testada, assim como minha crença no ser humano, mas o que passou, passou e o que eu posso fazer é não cometer os mesmos erros, nem me deixar levar pelo coração. Odé é meu Orixá, meu guia nesse mundo e ele sabe o que é melhor para o meu caminho.

Meu papel é ser babálorixá, zelar pelo Orixá e consequentemente pela vida daqueles que fazem parte do Egbé L’ajò, mas como tudo, eu também tenho um limite. Ficar se desgastando com confusões pequenas, disse me disse e frescura, eu não vou! 

Quer ser filho do Egbé L’ajò? Se esforce.
Quer sucesso? Vá a batalha.
Quer respeito? Conquiste.
Quer ser amado? Se deixe ser amado.

A vida te dá um...dois...três tapas na cara, se você não se levantar e se defender, ela nunca vai parar de tentar mostrar que os problemas vem para serem superados e com isso possamos crescer e evoluir. 

domingo, 20 de outubro de 2013

Que Tipo de Vida Você Quer?

Essa é a pergunta que todos nós deveríamos fazer, pois a vida está cada vez mais difícil e os obstáculos reais e psicológicos ainda maiores. A cada passo que damos rumo a “evolução” criamos novos sonhos e somos cada vez mais cobrados, um exemplo disso é o Dia das Crianças, antes nos contentávamos com um simples brinquedo de madeira ou então um “quebra-cabeça”, já hoje as os miúdos querem tablets e computadores, muitos nem sabem escrever o próprio nome e já exigem na frente das lojas o tal ipad.


O mundo nos força a sermos, lindos, inteligentes, bons profissionais, espiritualizados e ainda felizes. E será que tudo isso é possível? Será que essa é a tal “Terra Prometida”? Não sei, mas acredito que a cobrança em excesso está acabando com muitas vidas, é a adolescente que não se sente bem com o seu corpo, é o pai que quer dar mais a sua família, é a mulher que tenta a todo modo agradar o marido e acaba sufocando e o perdendo, é o yawò que fez santo e são sabe o que fazer agora. 

O papel da Fé, sempre será te ajudar a encontrar seu caminho, conseguir equilibrar sua vida, por isso busque sim uma religião, uma filosofia de vida e lute, enfrente suas batalhas, conheça suas potencialidades e suas fraquezas, e deixe os problemas desnecessários de lado, mande ele literalmente as favas. Construa seu valor, com integridade, amor e principalmente respeito ao próximo. Tome as rédeas da sua vida e seja rei, ou então se deixe levar por ela e não reclame amanhã se ela te jogar na sarjeta. A escolha é sua!


Babá Diego de Odé
11 4141-0167 / 9 6617-8726


Vida de Iyáwò - Baseado em fatos reais




VIda de Iyáwò
Em um dia comum
Senti a força do Orún
Senti o bater do coração
Que parecia ritmado pelos
Atabaques
Senti meu Orixá!
Alguns foram a favor
Outros muitos foram contra
Mas segui meu coração
Segui os meus sentidos
E hoje sou do Candomblé
Hoje sou do Axé
O candomblé me ensinou valores
Hoje respeito os meus mais velhos
Hoje me curvo para a experiência
Me abaixo para ouvir
Para amanhã me levantar para ensinar
Aprendo que somos muitos em um
E um em muitos
Aprendo que não existe glória sem sacrifício
Aprendo que sou divino em ser humano
E que há em todo humano um ser divino
O Candomblé é minha fé
E não é fácil segui-lo,
Em um país onde negro tem preconceito com negro
Religiões condenam outras religiões
Onde verdades são impostas
E a bíblia é imposta como a única salvação
Mas eu digo:
Sou diferente
Não sou melhor
Não sou pior
Sou apenas único
Sou Iyáwò
Sou do Orixá!
- Babá Diego de Odé -

Os Encantamentos de Amor Funcionam?


Os encantamentos de amor, assim como qualquer tipo de magia, apenas expande os sentimentos, pois temos o livre arbítrio, se fosse fácil assim, todo mundo fazia amarração com o Neymar ou com o Eike Batista. Uma magia vai ajudar no caso de uma pessoa que tenha intenção, mas está confuso, em caso de atração sexual reprimida ou algum tipo de interesse. Mas muito cuidado ao manipular energia, procure uma pessoa especializada com experiência nesse ramo, cuidado com quem vende a ideia de amor fácil, em 24h ou em 21 dias, as coisas não funcionam assim, são destinos que se misturam e manipular energia detém tempo, trabalho e paciência.


Cada caso é especial, não existe também encantamento genérico, temos sim os banhos de atração que funcionam demais, pois eu acredito que a melhor amarração é você investir em você mesmo.

Busque auxilio para potencializar suas qualidades, um conselho que eu dou é que nunca se coloque no papel de coitado(a), se a pessoa amada está confusa ou não quer mais, faça com que ela veja que você é o melhor que pode ter, as pessoas gostam de gente poderosa com autoestima, amor próprio, é aquela história: 

“Quer que alguém te ame? Então comece por conquistar a você mesmo! Não espere que os outros vejam o que você mesmo não vê”.

Um outro alerta é que, uma vez que você invocou uma força para se interferir no seu romance, tenha em mente que ela vai agir, de uma maneira ou outra, então você também precisa fazer a sua parte, não adianta ficar sentado esperando que o amado bata em sua porta com uma ramalhete de rosas ou faça uma serenata. A magia como eu disse acima, vai aumentar o que ele ou ela sente, contudo existem vários sentimentos envolvidos, e o ego e o orgulho, infelizmente sãos as maiores ancoras que alguém pode ter, pois bloqueiam as coisas boas que podem chegar na sua vida.

Acima de tudo tenha fé, confie, reze, direcione energia positiva, para que as nossas “Moças” possam “trabalhar” no seu caso e seu amado possa voltar. 

O que é ser bem “feito”?

Ser “feito” ou “raspado”, são termos usados por nós do candomblé para designar que uma pessoa é iniciada no culto Orixás e hoje eu recebi essa pergunta:

- O que é ser bem “feito” para vocês de ketu?

Por acreditar que essa seja uma dúvida que povoa a mente dos abians e iyáwòs, decidi expor a minha humilde opinião.

Ser de qualquer religião é buscar se “religar” com Deus e no nosso caso, buscamos o criador, Olorun, atravez dos Orixás, onde cada um de nós carregamos uma força chamada axé, que é despertada quando nos iniciamos. E para mim, ser bem feito é ter esse processo realizado conforme os ensinamentos milenares dos nossos ancestrais, sabendo que de nação para nação, essa “feitura” pode mudar, assim como de casa para casa também, pois cada zelador(a) oferece o que sabe e desde que seja feito de coração, com sacrifício e siga uma raiz, com certeza seu “batismo” será aceito pelo Orixá.

Como tudo é que feito pelo homem, uma iniciação também pode ter erros e acabar atrapalhando o destino daquele filho e isso ocorre, na grande maioria das vezes, não é porque faltou uma concha ou aquele ato na pororoca e sim por haver ocorrido desrespeito de uma das partes ou até mesmo de ambos os lados, com o Ory e com o Orixá. Como eu sempre digo, Orixá é sagrado e não combina com putaria, droga e nem muito menos mentira, pois esses sim são os grandes contra-axés do Candomblé.

Cotidiano - Entendimento e Compromisso!

Cada zelador de Orixá tem a sua forma de fazer a gestão de sua casa de axé e eu que cresci em uma casa de candomblé onde a Iyálorixá, minha bisavó materna, mantinha as “rédias curtas”, rígida e com ela não tinha frescura certa, todas questões eram resolvidas pontualmente, sem preferências.
Cheguei, muitas vezes, a pensar que ela cometia exageros, pois o tempo todo estava observando e controlando, mas hoje vejo que minha bisavó, que era de Ogún, não estava errada, pois nem todo mundo consegue separar as coisas, se você tenta ser amigo, acham que você é besta e tudo tem limite.
Isso não acontece apenas comigo, quem já não viveu ou ouviu algo assim:
- O filho entra sem condições nenhuma, você aperta para ajudar e no final ele fala mal de você, reclamando e exigindo o que não ofereceu.
- Você marca o candomblé dois meses antes e no dia, o filho não aparece e diz que não sabia ou que você não tinha avisado a ele.
- Com tanta coisa para fazer, o filho chega e fica sentado olhando os outros trabalhem e quando pedimos para fazer algo, fica com a maior cara feia ou inventa uma desculpa.
Essas são situações que desgastam quem estão se dedicando há dias para que um orô ou um candomblé saia da forma que planejamos. Por isso lembrem-se:
- Não é o que se oferece ao Orixá, e sim a forma que se oferece.
- Não é a comida que o Orixá recebe e sim a atenção e o cuidado que você teve ao preparar.
- Não é uma roupa bonita que agrada seu santo, e sim uma roupa comprada com suor, amor e de bom coração.
Toda crença tem seus dogmas e o Candomblé não é diferente, mas para que eles tomem sentido no cotidiano, precisamos entender o que é o Orixá, de onde veio e principalmente nos abrimos para senti sua força e axé.
Desejo uma ótima semana e que Olorun esteja conosco!

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

O Egbé L’ajò - Respeito e Integridade


O Ilè Asé Egbé L’ajò é situado em Itapevi, SP. A casa foi fundada em 1964 pela Iyálorixá Minervina de Ogum e há mais de uma década é conduzida pela Iyálorixá Rose de Oxum e o Babálorixá Diego de Odé, que praticam a nação Ketu.


Acreditamos que a Fé é o motivo que nos leva a abrir nossa casa para os filhos dos Orixás, onde nosso papel é orientar e ajudar cada membro da casa a encontrar seu caminho espiritual, pois com o equilíbrio com as forças da natureza, comprometimento e determinação, todos podem vencer na vida e encontrar o tão almejado Sucesso.

Somos uma religião e como toda crença, é preciso interesse a aprender, tolerância para conviver com as diferenças e amor para não desistir. Recebemos todos aqueles que buscam seguir os valores como Respeito, Humildade, Fraternidade e União.

Sejam bem vindos a nossa casa!

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Pensamento...


O que é um verdadeiro Pai de Santo para mim?


Não é preciso ter estudo, mas é necessário ter cultura.

Não é preciso ter dinheiro, mas é necessário que ter nobreza.

Não é precisa falar várias línguas, mas terá que se fazer entender pelos homens e ser entendido pelos deuses.

Não precisa ser velho, mas terá que ser experiente.

Não precisa ser psicólogo, basta ouvir.

Não precisa curar, basta confortar.

Não precisa ver o futuro, basta me preparar para ele.

Babá Diego de Odé
TerradosOrixas.blogspot.com

Meu Ponto de Vista


Cada situação, seja ela ruim ou boa, tem um porquê e buscar entender o motivo pode nos ajudar muito na busca do caminho certo. O grande problema que eu vejo é que sempre nos deixamos levar pelo lado negativo das coisas, abaixo segue alguns exemplos que se aplicam a nós do Orixá:


- Não aguento a fofoca que tem no Candomblé!



Alguém pode me dizer onde existem pessoas e não exista fofoca ou problemas de convivência? Pois é, o que podemos fazer em relação a isso é mudar a nossa postura, vejo muitas vezes é que as pessoas que mais falam mal da fofoca, são as que mais praticam. Fofoca acaba com um bom “colocando um na frente do outro” e se a fofoca não tem fundamento algum, é simples, ignore! Além disso ainda existe os meios legais que nos protegem dos difamadores.

- Nossa religião é só dinheiro!

Toda instituição religiosa tem suas contas, suas despesas e as pessoas que se dedicam a isso, é papel dos membros contribuírem SIM! Sou contra a exploração de todos os tipos, mas enquanto nossos adeptos ficarem pensando sim, não cresceremos, e é aí que fica difícil fazer caridade, pois se não conseguimos nem manter as despesas básicas, como iremos ajudar quem precisa?

- Depois que entrei no Candomblé não tenho mais vida social!

Realmente nossa religião para você aprender, terá que se dedicar, mas me diga qual a religião que não é assim? Aliás qual ramo da sua vida que vai dá certo se você não se dedicar? Um conselho que eu dou a todos meus filhos é que busquem equilibrar a Família, Emprego, Fé e Amor, pois se você se se entregar 100% em uma área, com certeza uma hora irá se cansar e surgirá as cobranças pessoais.

Até a Fé e a Razão muitas vezes precisaram andar juntas, ao invés de brigarem, e a essa união eu dou o nome de Bom Senso, que deve ser colocado em prática antes de qualquer reclamação, ou pré jugamento. Nós do Orixá estamos cada vez mais deixando que os problemas de convivência atrapalhe o nosso desenvolvimento espiritual

Candomblé do Bem!


Sobre abikú

 Salve, salve leitores do Terra dos Orixás, a muito tempo eu não escrevia, mas decidi voltar a dividir o meu cotidiano e pesquisas com vocês...