Zelar pelo Orixá é maravilhoso, ir para mata, enfrentar água gelada, cortar os pés nas pedras, passar a noite limpando bicho e tudo isso rindo e feliz. Quando paramos nossas vidas para cuidar de alguém, é a nossa fé no Orixá e também no ser humano que prevalece e sempre esperamos o melhor, contudo não é isso que acontece muitas vezes. E aí, o que fazer? Desistir ou Continuar?
Eu escolho CONTINUAR, pois se me propus a fazer algo, tenho que fazer da melhor maneira possível. Odé realmente me ama e hoje tive essa prova, não posso dizer que Olorun não cuida e não me ouve. Passei a noite pensando, todo ano é assim, a função de Xangô vem para renovar, para derrubar mascaras e “acertar” os ponteiros.
Vamos lá povo do axé, gente que chora, ri, canta e se cala perante ao Orixá, somos uma família e juntos somos mais fortes. Agora quem não quer fazer parte dessa corrente, meus pêsames, pois como diz a música:
“Só quem já morreu na fogueira / Sabe o que é ser carvão”.
A vida é uma viagem de altos e baixos, e a família é a sombra para os dias ensolarados e o guarda-chuva para nos proteger nas tempestades. E eu já decidi, não vou lembrar de quem não quer ser lembrado, não vou agradar quem não quer se agradado, não vou bater na porta de quem não quer ser incomodado. Sou bom, mas não sou besta!
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