quarta-feira, 4 de junho de 2014

10 Regras de Conduta e Comportamento do Egbé L'ajò

Dez Regras que contém informações importantes para todos que queiram agregar a família Egbé L'ajò, isso pois valorizamos a transparência e nada melhor do que deixar as regras bem claras.


1º Tanto o abyan (não iniciado), quanto quem chega no Egbé L’ajò para tomar obrigação tem três meses para se adaptar, isso quanto a vestuário, comportamento e etc. Para isso é necessário o empenho dos mais velhos para ensinar, assim como é igualmente importante a boa vontade de quem estar chegando para aprender.

2º Não adiantamos obrigação (ajodun), aqui se toma um, três e sete anos na data correta, após se tornar um egbon (mais velho), se comemora todos os anos o aniversário do seu Orixá, onde você oferta parte da sua colheita anual, ou seja, damos aquilo que recebemos. Isso vale para todos, yawòs, ekedys, ogans e demais cargos.

3º Quem Olorun determinou a ser zelador(a) de Orixá, já nasce com o dom, porém deve ser lapidado conforme os ensinamentos do axé, portanto filhos do Egbé L’ajò só iniciam pessoas no culto sem o nosso acompanhamento, após seu Oyè. 

4º Qualquer roupa ou objeto emprestado da casa, deve ser entregue como foi e nas mãos de quem foi retirado, essa nem é uma questão de axé e sim de educação. Assim como algo que é foi quebrado deve ser reposto.

5º A manutenção da casa é dos filhos, quem não pode colaborar com dinheiro, colabora com trabalho, pois sempre precisamos de ajuda para manter a ordem e a limpeza no terreiro.

6º Pelo volume de pessoas durante as funções, temos contas pesadas de água e luz, então economize, nada de deixar a luz acessa nem a água derramando sem necessidade, lembre-se que são as suas doações que mantem a casa.

7º Não faça comentários ou postagens desagradáveis que possam gerar conflitos nas redes sociais, você representa um axé e carrega o nome do Egbé L’ajò e isso demanda responsabilidade, você expondo sua família de axé, acaba denegrindo sua própria imagem. Cada um tem direito de ir e vir, mas quem fala o que quer, ouve o que não quer, além de ter que assumir e provar legalmente o que está sendo afirmado.

8º Em nossa casa temos a Ficha de Reclamação, um documento onde o filho pode dissertar sobre sua insatisfação, esse documento será lido pelo Babá Diego e será tomada uma medita corretiva.

9º Ninguém é obrigado a se iniciar no Orixá ou tomar obrigação no Egbé L’ajò, mas se assim decidir, tenha em mente que cobraremos uma postura séria e respeitosa, quem “faz santo” já sabe antecipadamente que irá ter que seguir regras de convivência, respeitar a hierarquia e estar presente nas obrigações da casa (Águas de Oxalá, Festa de Ogum e Oxossi, Festa de Xangô, Olubajé, Festa das Iyábas e Festividade do Orixá da Casa), em casos de não conseguir participar das funções precisa justificar a ausência.

10º Em nossa casa possuímos duas lideranças religiosas, a Iyá Rose de Oxum que é filha de Babá Nivaldo e Babá Diego que é filho do Babalorixá Toninho, onde seguimos os costumes e tradições da nação Ketu, porém como toda casa de axé, temos particularidades e não nos apoiamos em qualquer outra casa para fazermos nosso candomblé. Respeitamos as casas matrizes e a hierarquia, porém construímos nosso próprio nome. Deixo isso claro, para que todos fiquem cientes que assumimos total responsabilidade sobre o que é praticado em nosso axé.

Atenciosamente,

Diretoria do Egbé L’ajò

Nenhum comentário:

Sobre abikú

 Salve, salve leitores do Terra dos Orixás, a muito tempo eu não escrevia, mas decidi voltar a dividir o meu cotidiano e pesquisas com vocês...