Muito se escreve sobre o que se sabe e se bem entende em nossa religião, contudo há outras tantas questões para se discutir e uma delas é a do PNE no candomblé. A idéia de escrever sobre esse assunto surgiu de uma dessas conversas de axé que tenho com os meus filhos, em uma delas, uma querida mãe Ekede relatou que viu em uma determinada casa, uma pessoa com necessidades especiais entrar em transe em Orixá e infelizmente ser colocada de canto, pois ninguém sabia como lidar com a situação e posteriormente ouviu comentários desagradáveis sobre o omo-Orixá.
O caso acima demonstra a falta de preparo e até mesmo ignorância por parte do zelador e dos membros dessa casa, coisa que acontece em outras tantas e isso é uma vergonha, nós que falamos tanto que somos uma religião que recebe a todos de braços abertos, quando o diferente se coloca a nossa frente, simplesmente fingimos que não vimos, precisamos criar soluções, buscarmos adaptar nossa casa de axé para que ela verdadeiramente possa receber os filhos dos Orixás, pois hoje é o filho do vizinho, amanhã pode ser o seu filho, neto ou sobrinho.
Portanto, precisamos pensar também nas minorias e parar de agirmos sempre em pró ao individual, perante a Olorun, somos todos iguais e estamos ligados uma ao outro, como um organismo vivo, onde cada célula tem sua função e razão dentro do conjunto. Uma coisa que me incomoda muito é o ser humano ver algo a ser arrumado ou melhorado e ficar parado, achando que a solução vai cair do céu, vamos acordar meu povo, se o Orixá deu ferramentas, então use e construa um mundo melhor!
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