Essa frase é dita por muito zeladores para criticar o fato de seus filhos irem buscar aprender sobre orixá na internet. Eu escrevo há cinco anos em redes sociais, do Orkut ao Twitter, onde ainda sou recém-chegado, e sempre tomo o maior cuidado ao escrever e expressar minha opinião, afinal nós zeladores somos formadores de opinião.
Toda vez que faço uma pesquisa na internet, vejo que existe muita gente jogando informações absurdas sobre o Orixá e o Candomblé, o que com certeza será um problema no futuro, por isso sempre falo sobre a questão do aprendizado dentro da casa de axé, que vai te dá a base para que possa discernir o que é e o que não é condizente com a linha de raciocínio seguida por sua casa de axé. Certa vez, recebi um e-mail de um yawò que me perguntou qual era a diferença entre Bessen e Bessenha, fiquei espantado pois nunca ouvi falar sobre isso, e após uma conversa no MSN ele me relatou que leu isso na internet e que acabou chateando seu zelador, pois achava que ele não sabia sobre “bessenha – a cobra fêmea” por falta de conhecimento.
Yawòs, Egbomis e Zeladores e Zeladoras, tomem cuidado com o que escrevem, pois essa questão está virando um bicho de sete cabeças nas casas de santo. E aos pesquisadores, pensem antes de falar e agir, procurem acompanhar pessoas sérias e que tenham um passado, não acreditem em tudo que vocês leem por aí. Respeite o axé que te abraçou e mesmo que aos seus olhos, o conhecimento que seu pai ou mãe de santo tenha, seja simples, o que vale é o axé que eu lhe traz para sua vida. Pior que a escuridão da ignorância, são as trevas da ingratidão.
Muito axé e uma ótima semana!