É só pararmos meia hora para olhar o feed do Facebook e lá vem alguém escrevendo sobre o mal comportamento dos yawòs. É impressionante o número de egbomis que criticam os mais novos. Será que esse é um problema novo? Eu acho que não! Em todas as épocas, yawò sempre será yawò e a missão daqueles que já passaram por esse período, é educar e dá carinho aos mais novos e não ficar “chicoteando”.
Eu costumo dizer que dentro do primeiro ano, quase tudo é perdoado, pois muitos demoram a entender o tamanho da responsabilidade que carregam. Obviamente, não devemos fazer vistas grossas para a falta de índole, seja a pessoa abiã, yawò ou egbomi, afinal se ela não tem valorizes, em anda irá acrescentar ao seu axé e certamente irá sujar o nome da religião.
Muitas vezes a questão da “falta de pecado” no candomblé é confundida com libertinagem, ou seja, tudo pode. Eu aprendi que o candomblé não tem a visão católica de pecado, mas como todas as religiões, existem regras e um código de ética que nos resguarda. O Orixá não desiste de seus filhos e acredita no arrependimento, pois mesmo que ele não mude o que já aconteceu, pode transformar seu futuro e servi de experiência para as próximas guerras.
O Medo é uma arvore que até dá frutos, mas nunca poderá se comparar com os frutos gerados pelo Amor.