terça-feira, 30 de julho de 2013

Criticar é fácil!


É só pararmos meia hora para olhar o feed do Facebook e lá vem alguém escrevendo sobre o mal comportamento dos yawòs. É impressionante o número de egbomis que criticam os mais novos. Será que esse é um problema novo? Eu acho que não! Em todas as épocas, yawò sempre será yawò e a missão daqueles que já passaram por esse período, é educar e dá carinho aos mais novos e não ficar “chicoteando”.


Eu costumo dizer que dentro do primeiro ano, quase tudo é perdoado, pois muitos demoram a entender o tamanho da responsabilidade que carregam. Obviamente, não devemos fazer vistas grossas para a falta de índole, seja a pessoa abiã, yawò ou egbomi, afinal se ela não tem valorizes, em anda irá acrescentar ao seu axé e certamente irá sujar o nome da religião.

Muitas vezes a questão da “falta de pecado” no candomblé é confundida com libertinagem, ou seja, tudo pode. Eu aprendi que o candomblé não tem a visão católica de pecado, mas como todas as religiões, existem regras e um código de ética que nos resguarda. O Orixá não desiste de seus filhos e acredita no arrependimento, pois mesmo que ele não mude o que já aconteceu, pode transformar seu futuro e servi de experiência para as próximas guerras.

O Medo é uma arvore que até dá frutos, mas nunca poderá se comparar com os frutos gerados pelo Amor.

O que falta é união. Será?

Quando eu vou a qualquer evento, não vou para reparar ou para apontar erros, se eu posso ajudar muito bem, se não posso, também não atrapalho, pois a minha postura não me permite desrespeitar o outro, seja a casa de Ketu, Angola ou Umbanda, pois quem tem educação, sabe entrar e sair de qualquer lugar. Se eu vejo algo que vai contra o que eu acredito ou venha ferir  meus valores,  não vou ficar batendo palma, afinal tenho amor ao meu Ory e não vou deixar ele em um ambiente ruim e que me negative.

Vejo muita gente falar sobre a falta de União, mas sinceramente, eu prefiro ficar na minha casa, do que “rodar macumba”,  ficar nesse leva e traz que não tem fim e que é presente em nossa comunidade, essas criaturas se esquecem que toda casa de axé tem seus guardiões que zelam pela integridade e estão sempre vigiando. É claro que ver o que estou falando, é só observar a vida dessas pessoas, pare e repare o tamanho do ajé que carregam. Não é da minha conta, mas esse povo não tem família, amigos, vida social fora da religião? Pois é, eu tenho.

Amo o candomblé, tenho os meus ídolos, mas sou totalmente contra o fanatismo e essa tal “união forçada”,  temos que ir a casa de axé do outro, por amor ao Orixá e consideração ao sacerdote que está ministrando o candomblé e não para fazer bonito ou se promover. Quem tem luz própria não precisa disso. Estou escrevendo a esse respeito, porque eu recebi uma mensagem, onde um rapaz me relatou que em sua casa de axé, o zelador diz aos filhos de santo que tem que dá churrasco e cerveja a vontade, porque senão ninguém vai a sua festa, e os que vão, saem de lá falando mal. Olha que absurdo! Agora me diz, cadê a fé?
Independente de ser vida pessoal, religiosa ou familiar, seja você mesmo!


segunda-feira, 29 de julho de 2013

Valorização do Candomblé


Nós, adeptos da religião dos Orixás vivemos em uma sociedade cristã, que o tempo todo nos critica e nos aponta. Eu desde muito pequeno tive que lidar com o preconceito, afinal todos da escola que eu estudava, sabiam da religião dos meus pais, pois morávamos em uma casa de candomblé e não foi nada fácil lidar com o que hoje chamam de bully. Me tornei sacerdote aos 19 anos e tive que me dividir entre escola, trabalho e os afazeres na casa de candomblé e vivencio todos os dias os prazeres e desprazeres da vida de um líder religioso.


Ontem em uma conversa muito interessante com amigos de outras religiões, surgiu a seguinte pergunta:

- O que você, Babá Diego, vê de negativo na sociedade de candomblé?

E eu o respondi:

- Nossa religião é extremamente hierárquica e por conta disso o maior problema que existe é a questão da “guerra das gerações”, os mais novos reclamam da falta de apoio do mais velho e em contra partida, os mais velhos reclamam da falta de respeito por parte dos mais novos. Isso divide nossa religião e consequentemente nos enfraquece. Atualmente existe uma “explosão” de novos axés e muitos acabam esquecendo que para ser um babálorixá ou uma iyálorixá, não basta apenas ter nascido com o dom, é preciso lapidá-lo e com a experiência dos mais velhos, podemos aprender mais, evitando os erros passados, pois todo cuidado é pouco, quando lidamos com vidas. 

Nesse dialogo surgiram questões interessantes, como responsabilidade social e ambiental, mas gostaria de dividir com vocês, pois dialogando podemos apontar os erros e tomar ações que faça nosso convívio melhorar e nossa religião ser valorizada.

Uma ótima segunda!

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Vaidade no Candomblé


Muito se fala sobre a vaidade dentro do candomblé, é só entrar em uma discussão sobre a religião e logo vem alguém e diz:


- O povo só quer saber de roupa bonita, é muita ostentação, Orixá não é isso!



Tudo bem eu concordo que Orixá não seja SÓ isso, mas a forma de nos vestirmos sempre foi uma maneira de expressar nossa religiosidade. Outro dia ouvi que Orixá não gosta de luxo, porque o candomblé veio da senzala. E o que isso tem haver? Os hebreus também foram escravos no Egito e nem por isso deixaram de evoluir. Voltando ao assunto, eu acredito que o que é feio é mostrar o que não se tem, deixar de colocar comida no prato para comprar uma roupa para ir ao candomblé.

Eu amo comprar roupa “de santo”, pois se eu posso comprar uma calça de R$ 300,00 para sair para me divertir, porque não posso comprar uma roupa de R$ 250,00 para me apresentar perante meu Orixá. Se para casar as mulheres chegam a gastar R$ 5.000,00 em um vestido de noiva que vai usar apenas por 6h00 no máximo, porque não comprar uma roupa de rún para seu santo de R$ 3.500,00? 

Humildade não tem nada haver com condição financeira ou roupa, se você está com suas obrigações com o axé em ordem, se tudo que seu Orixá pediu, você deu, tem mesmo é que ter gosto pela sua religião, lembrando sempre, que o poder do axé do seu santo é o mesmo, ele usando um simples morim ou o mais elaborado dos rechileus, pois o que ele vê é a verdade que está no seu coração e ele sabe que assim como os outros aspectos, a vaidade sempre fará parte do milagre de ser humano.

Enquanto ficarmos presos nessas pequenas coisas, deixamos de se importar com o que é praticado dentro do quarto de santo, pois não vejo ninguém escrever e falar ou se importar com isso, é só um tal de “o yawò não pode isso”, “a no meu tempo yawò não agia assim”, “hoje me dia o yawò não respeita os mais velhos”. Falam tão mal da vaidade, mas se alguém deixa de colocar a cabeça para eles, ficam loucos, o que seria isso? Não é vaidade também?

terça-feira, 16 de julho de 2013

Lidar com Gente – Uma tarefa muito difícil


Entre todas as habilidades que um zelador deve ter, a mais complicada de desenvolver é a questão do relacionamento interpessoal, pois diariamente convivemos com todo tipo de pessoas, cada um com sua vivência, como seus problemas, com suas angustias. E como fazer isso?


Com a experiência, aprendemos que para alguns seremos um “ponto final” e para outros uma “virgula”, sou seja, tem gente que veio para ficar e outros que apenas tiveram que tomar uma direção, assim como de alguns você receberá carinho e amor, já de outros a ingratidão, e aí vocês me perguntam, mas e o Orixá, ele não avisa? Sim. Mas como lideres religiosos temos que acreditar na mudança das pessoas, nem todo pau que nasce torto, morre torto, afinal que sentido teria sua existência se não pudesse melhorar.



Vivemos em um mundo de “troca” e assim é na religião, onde não há graça sem sacrifício, não há confiança sem respeito e se o seu tempo é precioso o do outro também é. Quando eu comecei nessa vida de “pai de santo”, tudo me abalava emocionalmente e hoje eu vejo que precisei passar por essa fase, para enfrentar guerras maiores. Se você tem a consciência que fez tudo que pode pela pessoa e ela não te deu valor, o que resta a fazer é esquecer que ela existe e seguir seu caminho, pois o Orixá é justo.



Você que o Orixá escolheu para ser zelador, se prepare psicologicamente, pois não é nada fácil liderar um candomblé, procure aprender com a experiência dos seus mais velhos, participe de conversas, tudo isso é muito valioso e pode te ajudar a não tropeçar nas mesmas pedras e levar nossa religião em frente.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Compromisso com o Axé


A partir do momento que fazemos parte de uma religião obviamente teremos que ter responsabilidade e a cada passo que damos rumo ao desenvolvimento espiritual, ela aumenta, pois passamos de discípulos para mestres. No candomblé não é diferente, onde temos o nosso igbá, o assentamento, como um elo entre o físico e espiritual. Muitos axés praticam o “igbá comunitário”, mas isso não quer dizer que você não tenha responsabilidade em dar ossé, ou seja, lavar sua quartinha e trocar a água. Lembrando que ossé, vem do yorubá e quer dizer semana, mas é usado para designar o compromisso de manter seu axé cuidado.


Na minha opinião, o Orixá não precisa de água, comida ou vela, pois ele é feito de luz e não tem necessidades como essas. Quem precisa somos nós! Humanos. Quando preparamos uma comida para nosso santo e rezamos, na verdade estamos expressando nossa fé, agradecendo por suas graças e pedindo proteção. Na minha casa, cada um tem seu igbá e muitas vezes me deixa triste vê-los empoeirados e as quartinhas sem água, então vou lá e zelo, mas sei que quando eu faço isso, tiro das costas do meu filho a responsabilidade e isso não ajuda em nada seu caminho, pois quem receberá a graça será eu ou o irmão que está cumprindo um compromisso que o outro assumiu.

Eu nem chamo mais a atenção, apenas aviso, pois em 2011 eu ouvi uma coisa que me magoou muito:

“Se o Pai não está feliz com o estado do meu igbá, que ele me dê que eu cuido na minha casa”

Resultado, eu dei “as contas” dessa yawò e o mais estranho é que ela nunca veio buscar o igbá e esse Orixá continua vivendo em minha casa.

Você que está entrando no Orixá, ou que já é iniciado, pense na sua postura, nas suas prioridades. Acredito que exista tempo para todas as coisas, sei que nossa vida é corrida e que nem sempre podemos nos dedicar como gostaríamos, mas não tirar nem um dia do mês para cuidar do seu santo é demais, salvo as pessoas que estão doentes ou moram em outro país, aí pode ter certeza que o Orixá compreenderá e seu zelador cuidará com o mais zelo do seu igbá.

Reclamar é fácil, o difícil é cada um fazer sua parte!

Babá Diego de Odé
11 4141-0167
Whatsapp: 1196617-8726

domingo, 14 de julho de 2013

Relação entre Zelador e Filho de Santo

No candomblé, é muito comum ouvirmos sobre crises de relacionamento entre filhos de santo e seus pais de santo e os motivos são diversos, mas o mais recorrente é a questão de misturar vida pessoal com vida religiosa. Tenho um network que me possibilita ter integração com católicos, evangélicos, judeus e muçulmanos e é muito raro ver um deles falar que está “de Exú” com seus lideres religiosos e vejo que isso é tão “normal” em nossa crença, porque nem os seguidores, nem os zeladores sabem seus papéis. 


A função do nosso zelador é nos orientar espiritualmente e nos ajudar a encontrar o melhor caminho, obviamente é uma pessoa muito importante na nossa vida e de muita confiança. Ao nosso zelador revelamos nossos segredos, nossas angustias, com ele não precisamos usar máscaras, contudo devemos respeitar o fato dele ser humano e como todo mundo, tem que comer, dormir, se divertir. No começo da minha história religiosa eu tentava ser o melhor amigo dos meus filhos, me abria, chorava no colo, saia para me divertir. Com o passar do tempo eu aprendi que nem todo mundo sabe separar as coisas e quando eu me posicionava como Zelador para chamar a atenção ou corrigir, o filho de santo acabava se ofendendo, pois não conseguia me ver como seu líder e sim como um amigo ou colega. 

Eu escrevo a mais de quatro anos sobre comportamento e cada matéria ou post publicado é baseado na minha vivência, que me permite expor minha opinião e hoje eu aprendi que a amizade entre filho e pai é fundamental, mas o respeito vem em primeiro lugar. Nunca vi dá certo Pai de santo ser colega de balada ou amigo de “copo” dos filhos de santo, uma hora ou outra acaba saindo confusão e quem sai prejudicado é a comunidade e o Orixá. 

Eu não sou o dono da verdade, mas acredito que o pensamento e a reflexão, podem nos auxiliar nessa busca pela preservação do culto, onde a tradição e o espirito jovem podem caminhar juntos, ao invés de ficarmos nessa eterna guerra de gerações.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Reflexão do Dia

O dia de hoje  me trouxe a seguinte reflexão:

Dentro das religiões afro-brasileiras  existem as chamadas “nações”, e cada uma tem sua forma de cultuar o Orixá, Vodun ou Inkisse. Podemos viver em paz e não precisamos menosprezar a cultura do outro para engrandecer a nossa.

Quando achamos que somos a “verdade absoluta”, acabamos presos dentro de um ciclo vicioso, chamado IGNORÂNCIA, que se torna nocivo não apenas para nós, mas também para as pessoas que nos seguem.


Amor, Fé, Dedicação e Evolução!

terça-feira, 9 de julho de 2013

Culto ao Orixá

Nossa religião irá começar a mudar a partir do momento em que tomar obrigação de “ano”, passe a ser mérito e não uma consequência da idade de santo. Os omo-orixás precisam se preocupar em aprender, em ganhar experiência e principalmente se apaixonar pela religião.


Durante muito tempo o foco foi manter as tradições e preservar os ensinamentos dos nossos ancestrais, agora é o momento em que precisamos pensar na evolução, em preparar zeladores capazes, com responsabilidade e visão. E isso só é possível quando acabar essas “guerrinhas de ego” e tomarmos a consciência que lidamos com o que há de mais precioso na vida de uma pessoa, sua FÉ!

Não é julgamento, mas vejo todos os dias, “pais de santo” incitando a violência, promovendo palcos de fofoca e verdadeiros show de bizarrices e que se esquecem que representam uma religião tão séria como o candomblé. Peço desculpas, mas eu não acredito nesse Orixá que mata e oprime. Eu creio em uma energia boa, que me ama e que corrige meus caminhos, mas que não tira o meu livre arbítrio, pois eu preciso enfrentar e superar problemas, para evoluir.

Cultuar Orixá SIM, mas cultivar a ignorância, NÃO!

Pensem nisso!

segunda-feira, 8 de julho de 2013

As minhas queridas "Ekedis"


Ao ver minha filha, Ekedi Maíra ir embora, me veio o seguinte pensamento:


As “ekedis” são as senhoras que cuidam de nós quando fechamos os olhos e nos entregamos a uma força maior chamada Orixá. Foram elas quem trocaram as minhas fraldas e cuidaram de mim enquanto minha família estava em oròs e perfurés.



E um dia eu perguntei a uma dessas grandes mães, se ela não se sentia triste de ver todo mundo virado e ela não, e com toda sua sabedoria me respondeu:

“Posso não entrar em transe, mas recebo o Orixá no coração. Passo noites e noites costurando e bordando de vidrinho e lantejoula suas roupas, antes de começar a saída de santo, eu confiro tudinho, pois sei que no momento que o Orixá me suspendeu, ele confiou em mim e viu o quem mais ninguém viu, a CAPACIDADE, e "vixe Maria" de decepcionar, pois palavra de santo não volta atrás ” – Ekedi Jucelina de Xangô (in memorian).

Um excelente fim de noite!

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Humildade

Bom dia leitores!

Função em pró de Oyá é sempre uma delicia, pois é quente como o fogo e leve como o vento.

E para iniciar nosso dia nada como uma reflexão:

“A HUMILDADE tem o poder de unir, agregar e abrir portas, temos que aplicá-la até mesmo para reconhecer o próprio valor e acreditar em nossa capacidade de ir adiante, de ser um VENCEDOR. Ser humilde não tem nada haver com situação financeira, se trata de uma questão de postura e está totalmente atrelada com o CARÁTER”.

Fica a dica.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Perfil do Babálorixá Diego de Odé

Histórico Espiritual


Sua mãe a Iyálorixá Rose de Oxum estava grávida de cinco meses, quando se iniciou no Candomblé, sendo Babá Diego de Odé, conforme os preceitos da religião, um abiasé (criança que nasce iniciada, com axé). Aos seus 11 anos após sofrer uma queda no Pico do Jaraguá, que quase o levou a morte, teve que dar continuidade a suas obrigações. No ano de 2006 iniciou seu primeiro iyáwò e se tornou babálorisá do Ilè Asé Egbé L'ajò. 


Frases mais famosas

“A hierarquia tem que existir para ajudar e não para humilhar”

“Crescer como pessoa, deve vim antes de qualquer coisa, pois se eu tirar meu torço e meu filho de conta, eu sei que ainda sou alguém”

“A tradição tem a experiência e a juventude tem a força para carrega-la, para mim essa é a união perfeita”


Casa de Axé - Ilè Asé Egbé L'ajò


Fundado em 1964 pela Iyálorixá Minervina de Ogún (Pernambuco -1927. São Paulo – 2000) da nação Egbá-Nagô(Penambuco -1927. São Paulo – 2000), após sua morte, a casa de asé começa a seguir os preceitos da nação Ketu. 

Endereço: Rua José Rodrigues do Nascimento, 97 – Jardim Dona Elvira. Itapevi –SP. CEP: 06693-230.



Projetos e Premiações


Projeto Olowò (2010) – Conscientização e Estudo do Candomblé


Projeto Adè (2010) – Oficina de artesanato e aparamentas de Candomblé.


Projeto Igbò (2011 -2013) – Limpeza das áreas afetadas pela poluição gerada pelas religiões de matriz africana.


Prêmio Babálorixá Revelação de 2013 (2014) - Axé in Foco - SP.


Contato

Telefone: 11 4141-0167

WhatsApp: 11 96617-8726

- E-mail: terradosorixas@hotmail.com 


Sobre abikú

 Salve, salve leitores do Terra dos Orixás, a muito tempo eu não escrevia, mas decidi voltar a dividir o meu cotidiano e pesquisas com vocês...