Diariamente, recebo diversos e-mails e tento de verdade responder a todos, posso demorar mais leio cada um, afinal a pessoa quem me escreveu teve confiança e carinho para dividir comigo sua história.
E hoje um e-mail do começo de abril/2013 me chamou atenção. Um rapaz do interior de Minas Gerais me relatou que foi iniciado em Minas e sua iyálorixá faleceu antes dele completar sete anos de santo e como ela era muito rígida, ele tinha poucas fotos que provassem sua obrigação. Então ele decidiu procurar um zelador do Rio de Janeiro e com ele jogou, até o momento Ifá e o dito Pai de santo, confirmou sua idade, sua iniciação e assim ele tomou o odú ijè. Contudo por não ter conhecido a casa antes de entrar, ele acabou se deparando com situações que iam contra os seus valores e saiu da casa. Depois de semanas, o zelador postou um comentários nas redes sociais, dizendo que ele não era feito, que tomou sete anos sem ter, difamando sua imagem em todos os aspectos. Para finalizar ele me perguntou o que podia fazer.
E eu o respondi:
"Eu já vi isso acontecer muitas vezes e é um abuso de poder, pois quando você não serve mais, muitos “pais” usam da influencia que tem para tentar acabar com o filho, pura infantilidade. Uma coisa que eu posso dizer é que se você não é feito, seu zelador também não é babálorixá, pois se ele jogou, “alafiou” o obí, cantou seu cargo sem você ser feito é porque ele não tem conhecimento algum dentro da religião. Será que Ifá se enganou? Se fosse sobre o futuro, tudo bem, nós sabemos que pode ser alterado, mas o passado é o passado, já foi, não tem como Ifá errar. Tenho dó desse zelador, pois ele acabou dando um tiro no próprio pé, ridicularizando seu axé e pior, está passando a imagem que o candomblé é uma bagunça, onde você pode tomar a obrigação que quiser, sem que haja a assistência e a permissão do Orixá".
Uma ótima tarde
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