Ontem acordei “virado” e repensei minha visão e o meu lugar
no candomblé, me senti no filme 300, naquele instante onde meia dúzia lutam
contra o tempo e contra todos os inimigos. Tentamos fazer o melhor, levar o
candomblé de forma limpa, descente e parece que em todo momento o povo está
torcendo para que não dê certo, criticando antes de até mesmo te conhecer,
porque? O que fazemos de mal? Por inveja? Por despeito? Para mim nada
justifica.
Fiquei assim até que abri minha caixa de mensagem e ver um
e-mail, onde o assunto era “Eu, Oxum e Você”, no corpo do texto uma jovem da
Bahia, de trinta e poucos anos, relatou que cresceu no candomblé e foi feita
ainda criança e já a alguns anos não pisava mais em uma casa de axé, por conta
dessa rivalidade sem sentido, um querendo ser mais do que o outro e esquecendo
do que realmente importa que é servi ao Orixá. A moça disse que apesar de ter
virados as costas para a religião, nunca deixou de amar Oxum e que pesquisando
sobre Opará, chegou ao meu blog e continuou lendo. Postagem após postagem,
acendeu na vida dela a chama da religiosidade e encerrou assim:
- Não o conheço pessoalmente, mas estou escrevendo para
dizer um muito obrigado, pois graças a você me aproximei do axé e pude reviver
aquilo que me fazia falta. O candomblé faz parte de mim. Kolofé
Eu comecei a chorar de emoção, pois Odé mediante a uma
pessoa que eu nem conheço, deu exatamente a resposta para a pergunta que eu
passei o dia todo a me questionar, que era sobre a minha função na religião dos
Orixás.
Obrigado a Odé e a Oxaguiã por cuidar de mim e não me deixar
fraquejar!
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