domingo, 19 de maio de 2013

Transparência - Nota a Comunidade do Candomblé


Em nossa religião lidamos com energias o tempo todo, e para um zelador essa troca de energia é ainda maior. Por isso temos que renovar nossas energias, seja um ebó, um bory ou até mesmo uma obrigação. Eu estou vivendo esse momento, para tanto contei com a ajuda de pessoas que eu amo e confio, afinal minha cabeça sustentas outras tantas. Agradeço a Mãe Elizangela de Oxum que tem mais de vinte e um anos de dedicação ao Orixá e a todos que estiveram presentes nesse final de semana que foi maravilhoso de dedicação a Odé.

Retribuir e agradecer é primordial para uma vida plena e feliz dentro do Axé. Claro que eu gostaria que o meu zelador estivesse do meu lado nesse momento, mas infelizmente não foi possível, devido a uma série de impedições, então contei com aqueles que estão ao meu lado e que me amam. Deixando claro, que não estou tomando “idade de santo”, apenas homenageando meu Orixá . Certa vez ouvi que teriam dito que eu não fui sentado como babalorixá e que eu tinha que ter meu próprio axé para ser chamado de babá.  Para essas pessoas eu digo:

-Sou herdeiro de um axé de mais de 40 anos e ory aladê, quem precisa ser sentado é quem abre um novo axé, uma nova casa. Tomei sete anos no Asé Obá Oru e a mim e a Odé foram entregues todos os direitos, conforme testemunhas que estavam presentes, como Yá Ivete de Airá, Babá Danilo de Yemanjá, entre outros. E no discurso proferido pelo meu zelador em Maio de 2009, ele endossou o meu sacerdócio, dizendo que eu era abiasé e que estava assinando em baixo. Minha filha, Mayra de Oxalá e sua mãe, estavam presentes e são testemunhas, assim como toda a comunidade de Itapevi presente.  Não precisei “dormir” nem pagar, para ter o que eu tenho.

Para ser um líder espiritual, temos que ter transparência e prestar contas à comunidade que nos seguem, não quero ser mais um zelador de “passado maquiado”. Minha história é humilde, simples, mas é minha, ninguém precisou inventar nada. Nasci na nação Egbá, tomei minhas obrigações em ketu e hoje sou muito bem resolvido e feliz. Dirijo minha casa com a Yá Rose de Oxum, minha mãe carnal e também a mulher que me traz equilíbrio. Podem dizer o que for, não nos importa, pois a felicidade e a força que temos é muito maior que as más línguas, que preferem agredir com palavras do que admitir que viemos para ficar. São mais de cinquenta pessoas iniciadas em seis anos, dentro e fora do país. Uma cartela de clientes respeitáveis e muitos seguidores nas redes sociais, por isso estou dando satisfação, afinal confiança é uma coisa que não tem preço e que só se mantem com verdade e transparência.

Muito obrigado família Egbé L’ajò, muito obrigado Mãe Rose, Mãe Mãezinha, Pai Rosivaldo, Pai Pingo de Logun e aos amigos e seguidores do Face, pelo apoio de sempre.

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Sobre abikú

 Salve, salve leitores do Terra dos Orixás, a muito tempo eu não escrevia, mas decidi voltar a dividir o meu cotidiano e pesquisas com vocês...