O final de semana também me
ajudou pensar melhor nas minhas decisões e no peso que cada tem na minha vida.
A pior coisa do mundo é a hipocrisia e a mentira, vivemos em um mundo real,
influenciado pelo espiritual, mas não podemos criar nosso mundo de “Alice”.
Cada casa de santo é um axé, pois
cada casa, mesmo que descenda de outro barracão, tem sua forma particular de
cultuar o Orixá e isso é sabido desde que o mundo é mundo. As diferenças são
geradas pela visão e a forma de interpretar o mundo de cada zelador. A
hierarquia deve sim ser respeitada e preservada, mas não deve ser usada como
arma de opressão.
Eu vou continuar meu caminho, vou
fazer o candomblé de Odé e contar com as armas e as pessoas que eu tenho. Eu
sei a quem eu devo me reportar e responder. Quem me procura, acredita e confia
em mim, sabe que eu levo o meu nome e do Egbé L’ajò, não me escondo atrás de
ninguém, nem uso o nome de Babá Fulano ou Beltrano para me promover ou para
justificar o que eu faço. Para cuidar de Odé e das obrigações que antecedem os
festejos do dia 25 de maio, terei sim, alguém de confiança do axé presente, mas
quem está organizando e correndo atrás, sou EU. Sou transparente e sempre vou
serei, não preciso de politicagem nem de hipocrisia, pois vivo e mantenho minha
casa com os meus próprios esforços.
Assim eu sigo e tenho provas
suficientes que Odé, Oxaguiã e Ogum estão do meu lado, pois o axé e a vida dos
filhos são reflexos da força da “nossa casa”. Desculpem o desabafo, mas tenho o
compromisso de manter a verdade e a
sinceridade com os meus filhos, amigos e leitores.
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