Foram dois meses
de preparativos para os festejos do meu Pai Odé. Passamos horas conversando e
discutindo sobre decoração, lembrancinhas, esquema administrativo e etc. Tudo
isso nos ajudou a nos aproximarmos, conhecer melhor um ao outro, fortalecendo
assim nossos laços de amizade. Um candomblé não acontece do nada, ele é o
resultado da união dos esforços e sacrificios pessoais de cada filho do axé.
No começo, eu
tive muito medo de delegar funções, pois eu tinha muito receio de me
decepcionar, mas eu vi que os meus flhos, estão mais que preparados para tocar
um candomblé. Como diria meu pai, agente morre de medo, mas uma hora temos que
tirar as rodinhas da bicleta. Apesar de tudo ter saído melhor que eu esperava,
existem e sempre vão existir pontos que devemos corrigir e um deles é a questão
dos cargos que eu havia proposto nas reuniões que antecederam o evento. Fiquei
surpreso e um pouco desapontado com a postura de algumas pessoas que
transformaram isso em um bicho de sete cabeças e eu acabei desistindo das
faixas. Assim apenas o cargo de babalaxé foi entregue ao Pai Rosivaldo e no ano
que vem, eu espero que já tenhamos amadurecido melhor essa ideia.
Passei noites sem
dormi, pertubei a cabeça da Mãe Rose e da Mãe Elizangela com a minha ansiedade
e com tudo isso eu aprendi que devo confiar nas pessoas e que faz parte do
desenvolvimento pessoal deixar que elas tomem responsabilidade, vi nos videos
meus filhos dando rún nos irmãos, cantando e isso me deixou mega orgulhoso. Por
essas e outras que eu digo que Odé me deu a melhor família do mundo, gente de
verdade que se une para servir e amar o Orixá.
Uma ótima semana!
Nenhum comentário:
Postar um comentário