segunda-feira, 27 de maio de 2013

O Candomblé de Oxossi


Foram dois meses de preparativos para os festejos do meu Pai Odé. Passamos horas conversando e discutindo sobre decoração, lembrancinhas, esquema administrativo e etc. Tudo isso nos ajudou a nos aproximarmos, conhecer melhor um ao outro, fortalecendo assim nossos laços de amizade. Um candomblé não acontece do nada, ele é o resultado da união dos esforços e sacrificios pessoais de cada filho do axé.

No começo, eu tive muito medo de delegar funções, pois eu tinha muito receio de me decepcionar, mas eu vi que os meus flhos, estão mais que preparados para tocar um candomblé. Como diria meu pai, agente morre de medo, mas uma hora temos que tirar as rodinhas da bicleta. Apesar de tudo ter saído melhor que eu esperava, existem e sempre vão existir pontos que devemos corrigir e um deles é a questão dos cargos que eu havia proposto nas reuniões que antecederam o evento. Fiquei surpreso e um pouco desapontado com a postura de algumas pessoas que transformaram isso em um bicho de sete cabeças e eu acabei desistindo das faixas. Assim apenas o cargo de babalaxé foi entregue ao Pai Rosivaldo e no ano que vem, eu espero que já tenhamos amadurecido melhor essa ideia.

Passei noites sem dormi, pertubei a cabeça da Mãe Rose e da Mãe Elizangela com a minha ansiedade e com tudo isso eu aprendi que devo confiar nas pessoas e que faz parte do desenvolvimento pessoal deixar que elas tomem responsabilidade, vi nos videos meus filhos dando rún nos irmãos, cantando e isso me deixou mega orgulhoso. Por essas e outras que eu digo que Odé me deu a melhor família do mundo, gente de verdade que se une para servir e amar o Orixá.

Uma ótima semana!


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Sobre abikú

 Salve, salve leitores do Terra dos Orixás, a muito tempo eu não escrevia, mas decidi voltar a dividir o meu cotidiano e pesquisas com vocês...