segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Perfil do Babalorixá Diego de Odé

Bàbá Diego de Odé nasceu em um ambiente intimamente ligado às tradições do candomblé. Desde o início de sua vida, sua conexão com a espiritualidade foi evidente: sua mãe foi iniciada em Ọ̀ṣun durante o quinto mês de gestação, e, por questões de saúde, Bàbá Diego foi também iniciado ainda nos primeiros meses de vida. Ele acompanhou sua mãe em suas obrigações religiosas até a morte de sua bisavó, a lyálorixá Minervina de Ògún (Ògún Erèguedè). Minervina foi uma figura fundamental na história do candomblé, sendo a fundadora do Àṣẹ Ẹgbẹ́ Làjọ, registrado como Centro de Culto Africano São Jorge Guerreiro em 1964, em Itapevi/SP, dentro da nação Egbá Nagò. Após o falecimento de Iyá Minervina em abril de 2000, Bàbá Diego passou a ser orientado por Pai Toninho de Ọ̀ṣun, seu irmão mais velho. Durante esse período, ele enfrentou mudanças e reiniciou sua trajetória espiritual na nação do Angola. Em 2007, sua ligação com Odé o conduziu a um novo capítulo espiritual. Ele se integrou à nação Ketu e foi acolhido no lle Oba Oru, na Barra Funda/SP, onde cumpriu sua obrigação de sete anos, conhecida como odun ejè. Em 2012, Bàbá Diego assumiu o posto de Bàbálorisá do Ilè Àṣẹ Ẹgbẹ́ Làjọ, cargo que pertencia à sua mãe, a quem ela decidiu passar a liderança ainda em vida, por motivos pessoais. Mesmo com essa transição, ela continuou a apoiá-lo até seu falecimento em 2021. No mesmo ano, ele conheceu Pai Carlinho de Odé, do Ile Omi Ode Ase Esu Lola, com quem mantém uma relação espiritual até os dias atuais. A trajetória de Bàbá Diego reflete a continuidade e a adaptação das tradições afro-religiosas no Brasil, destacando a importância das relações familiares e da transmissão de conhecimento dentro do candomblé.

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