terça-feira, 4 de outubro de 2016

Bom Senso

Nossos ancestrais lutaram muito para preservar a memória ancestral, as tradições e religiosidade, mesmo com o sincretismo e a divisão entre nações, permaneceram unidos e orgulhosos do que carregavam, com o tempo as casa de asé foram se dividindo, questões pessoais foram colocadas acima do Orisá, em alguns casos isso foi necessário, já em outros a vaidade se fez tão presente que acabou cegando os dirigentes e hoje muitas dessas casas nem existem mais.
Com isso, aprendemos que bom senso vem antes de qualquer passo, precisamos pensar para falar e o reflexo que isso terá dentro e fora da família de asé, essa é uma lição importante para o omo-Orisá, pois como eu costumo falar, para sermos bons filhos de santo, precisamos antes sermos boas pessoas.
Que Odé ilumine a cada um de vocês e que o Ori nos permita aprender com os tapas, para que eles não comecem virar murros e posteriormente o silêncio, pois é assim que o universo responde aqueles que insistem nos mesmos erros.
Com carinho,
Babá Diego de Odé
(11) 4141-0167
terradosorixas@hotmail.com

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Ensinamento - Cumprimentar a Casa de Asé

Os filhos de santo quando chegam a casa do Orisá, seguem para o banho (Omi eró) e logo em seguida vão “cumprimentar” os asés e por que fazem isso?
Acreditamos em energia e quando chegamos em casa tanto na espiritual quanto material, precisamos “esfriar” o corpo, para não transferirmos a energia da rua para dentro de onde vamos recarregar as energias. 
Saudamos a porta e a casa de Esú, agradecendo por guardar nossa casa e cada individuo que entra e sai dela,
Saudamos Ogún por ser nosso protetor na estrada,
Saudamos o Asé para fortalecer os nossos votos de fidelidade e compromisso,
Saudamos os Atabaques (ilú), pois são eles quem acordam a nossa ancestralidade,
Saudamos a Cadeira do Orisá da casa, agradecendo por seu asé e por ter permitido o resgate dos nossos laços espirituais,  
E saudamos a casa (ilè) ou o quarto (yara) onde está nosso assentamento (igbá), afinal, ele é o instrumento de comunicação entre o aiyè (terra) e o orún (ceú).

A partir daí iremos colocar cabeça (foríkan), aos cargos e seguir para as nossas funções.
Notamos que as palavras que guiam a nossa religião é gratidão, respeito e disciplina, e quando me perguntam sobre o “orgulho de ser do Candomblé”, eu respondo, primeiro devemos ter compromisso, depois nos orgulhar, pois um sem o outro, não é nada, apenas palavras.
Uma excelente semana,
Babá Diego de Odé
(11) 4141-0167

Sobre abikú

 Salve, salve leitores do Terra dos Orixás, a muito tempo eu não escrevia, mas decidi voltar a dividir o meu cotidiano e pesquisas com vocês...