sexta-feira, 10 de maio de 2013

Lidar com as Diferenças.


Nós, do candomblé vivemos em uma comunidade e tem de tudo, do carismático ao problemático. A maior dificuldade de um zelador é conseguir lidar com as diferenças, é um exercício diário de paciência, pois não é fácil, enquanto meia dúzia se esforça para fazer a coisa acontecer outra meia dúzia param suas vidas para viver a “Teoria da Conspiração”. 


Estamos em um mundo onde a objetividade é ouro e o tempo, esse senhor que não tem piedade, passa rápido e por isso temos que aproveitá-lo. O tempo de abiã é importante, o de egbomi também, agora o tempo de yawò, esse não tem preço, pois tem data certa para acabar. Não adianta ficarmos a todo momento nos importando com o que pensam ou deixam de pensar de nós, ou pegar uma gota de água e transformar em um maremoto. Vamos parar! Temos que agir e trabalhar em pró do Orixá ao invés de pararmos nossas vidas para ficar em “rodinhas”, ligando, twitando ou escrevendo no Face para “causar”. Não falo isso só para meus filhos, mas para o povo de santo que ama o Orixá e está indo por esse caminho.
Ontem atendi dois casos, onde a causa da saída do axé, foi exatamente essa, eles não tinham nada para falar da Iyálorixá, mas em compensação a fofoca e as ligações intermináveis tomava conta da casa e a Zeladora não tomava nenhuma atitude. Ninguém está imune a essas situações, por isso decidi escrever, pois acho importante para os meus filhos e para os meus leitores, saberem a minha opinião sobre esse assunto. 


Aproveitando, 


Estou muito feliz, pois Ogun, Oxum e Oxaguiã estão tomando conta da minha casa e dos ajodún de seus filhos, Erik, Débora e Homero. Estou saindo para mais um dia de compras. Agradar o Orixá não é tarefa fácil, mas é gratificante servir e ver o resultado na vida de cada omo-orixá. Nós zeladores, somos a "virgula" na história dos filhos de santo, a curva que faz o rio da vida correr mais rápido ou mais lentamente. Tenho muito orgulho do papel que eu tenho na religião e sou feliz e realizado como Babalorixá.

Aos meus mais velhos, obrigado por tudo.

Aos meus filhos, agradeço a confiança.

Aos meus irmãos, peço união e que o Orixá abençoe a fraternidade que nos une.

Aos meus amigos, agradeço a paciência e a credibilidade de lerem e acompanharem meu face. Peço desculpas pelos desabafos, pois as vezes eu me excedo, coisa dos filhos de Odé.

Um excelente dia!

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Sobre abikú

 Salve, salve leitores do Terra dos Orixás, a muito tempo eu não escrevia, mas decidi voltar a dividir o meu cotidiano e pesquisas com vocês...